quarta-feira, 12 de maio de 2010

My Wonderland

Era uma vez uma menina chamada Alice, que aos quatro (e, no filme do Tim Burton, aos 17) anos, foi parar num tal País das Maravilhas. Entre outros habitantes, lá tinha um gato, dois gêmeos, uns coelhos, duas rainhas e – o meu favorito – um Chapeleiro. Mas não é dela que vou falar, porque essa história você já conhece.

Vou falar da minha Wonderland. É bem menos habitada que a da menina de vestido azul: só tem eu e você, e nem precisa de mais ninguém mesmo. Nessa terra de encantos, apesar de dois, valemos por muitos. Rimos, nos divertimos, falamos as besteiras que dão vontade, gostamos da nossa companhia – assim como o Chapeleiro e seus amigos. É confortável e é bom e sabemos que poderia ser assim sempre.

O único problema dessa maravilha de lugar é que tem uma porta escondida, mas tão bem escondida, que só você sabe o caminho e, com essa mania de não dizer, não me mostra. Do lado de lá dessa passagem, de vez em quando, tem alguém querendo entrar pra te levar pra longe. E você, burro e seduzido pela sua curiosidade, some, vai e leva a chave da porta que nem sei onde é.

E o meu país de duas pessoas, antes tão maravilhoso, se resume a mim. E nem é mais nem tão confortável, nem tão bom, nem tão pra sempre. Fico na minha companhia, tentando me convencer de que a sua presença não foi real, apesar do muito de você que permanece em mim.

Então, quando eu quase consigo acordar desse sonho, você volta, pela passagem secreta. E eu esqueço o frio que passei longe dos seus braços, esqueço das tempestades que enfrentei. Tudo bem, não precisa me contar das descobertas nos outros países, não agora. Quero ficar só com o seu olhar de menino. Quero só dormir no seu abraço de homem e ter de novo a certeza de que, por mais que você vá atrás da sua curiosidade de conhecer as terras vizinhas, é só aqui, no meu país, o seu lar.

5 comentários:

  1. Eu disse pra você já, mas eu digo aqui de novo: doce!

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  2. Sem vestidinho azul, nenhum chapeleiro vai virar seu fã guria... ;)

    Mas garanto que com esta magia com que vem escrevendo muitos outros fãs menos ilustres ou mais, poderá conquistar... Continue neste rumo, no caminho dos tijo... Ops, já estava trocando de história... Deixa o mágico pra lá, pq mágico mesmo foi o texto que vc escreveu... Parabéns. Bj!

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  3. Perfeito post !! =)
    Sem palavras pra comentar..

    Eu só queria nunca me esquecer do frio e sempre agir pensando nele.

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  4. - Aline, obrigada! Se é assim, uso o que disse o Caio Fernando Abreu: "Que seja doce!". =)
    - Laércio, meu vestidinho é cor de rosa! Se o chapeleiro não gostar, problema dele! hahaha Obrigada pelas suas palavras!
    - Dani, como você é rápida, menina! hahaha Eu já disse, mas digo de novo: vai ficar tudo bem ;)

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