domingo, 20 de fevereiro de 2011

Caio Sóh falando por mim

A covardia é uma forma corajosa de se viver o que não quer. Porque a fraqueza precisa de muita força pra se sustentar infeliz, ao redor das coisas que você despreza, mas que não consegue viver sem. Eu cansei de deixar minha vida cochilar no colo da espera, sendo o principal de uma porção de restos da sua vida. Não quero mais viver de tentar te convencer que o risco, a desilusão, a dor é a parte que sustenta, que possibilita o amor, o riso, o viver de verdade. A vida não tem receita, tem tentativa. Não vou mais ser o seu desejo, seu sonho, sua fuga que te alimenta, te vicia, te engorda e te faz se acomodar nessa ilusão de quase viver tudo o que o seu peito sussurra, implora, grita, mas que os seus pés não encontram pernas pra buscar.
["Homem da geladeira"]


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 Sabe aquela vontade de tomar um banho rápido, descer as escadas correndo pra trombar sem querer na primeira esquina o maior amor da sua vida. E as esquinas vão passando, e todas as pessoas passam sempre por um fio do seu ombro, e ninguém bate de frente com você, quase como se elas se sentissem salvas por conseguir ter desviado de alguém tão corajoso e sedento por se entrelaçar em algo de verdade que chega a assustar. Minha vida tem sido assim! Tento me encontrar exatamente onde todos desviam.
["Desencontro"]


Caio Sóh

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dança do ventre e seus benefícios



Hoje venho partilhar com vocês algo que tem me feito muito bem nos últimos meses: a dança do ventre. Quando digo que estou fazendo aulas, geralmente ouço comentários “empolgados” dos meninos e questionamentos interessados das meninas. É engraçado, tem hora.

A origem da dança do ventre é controversa. Uma das versões aceitas dá conta de que ela tenha surgido no Egito, há cerca de oito mil anos, como um ritual de fertilidade praticado pelas sacerdotisas para reverenciar deuses como Íris, Osíris e Hathor. 

“As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães(PENNA, Lucy. Dance e Recrie o Mundo. São Paulo: Ed. Summus, 1997).

Pois bem, comecei as aulas em outubro de 2010. Há muito eu sentia que precisava de um exercício físico, mas academia nunca foi minha praia. Acabei descobrindo uma terapia sem igual. Tenho me entendido muito melhor comigo mesma e isso tem sido ótimo.

Você pode perguntar: exercício físico? Mas não mexe só o quadril e a barriga? 

Eu te respondo: mexe músculos que eu nunca pensei que existissem! Prova dessa “multifuncionalidade” são os benefícios que a dança do ventre proporciona – e que eu já começo a experimentar. Aqui estão alguns:

  • Trabalha a região pélvica estimulando o funcionamento do útero e ovários, eliminando cólicas menstruais, cistos dos ovários...
  • Regulador hormonal;
  • Estimula a coordenação motora;
  • Alivia tensões musculares;
  • Tonifica a musculatura;
  • Corrige problemas posturais;
  • Melhora o funcionamento linfático e respiratório;
  • Como é uma dança criativa, combate a depressão;
  • Previne varizes e osteoporose;
  • Aumenta o raciocínio devido aos estímulos das regiões esquerda e direita do cérebro pelos movimentos de coordenação;
  • Flexibiliza o corpo;
  • Aumenta a auto-estima;
  • Alivia e elimina nódulos musculares;
  • Elimina calorias por ser um exercício aeróbico;
  • Aumenta a qualidade do desempenho sexual;
  • Exercita a feminilidade e leveza dos movimentos.

Para terminar, segue um vídeo com apresentação da minha professora, Bianca Campagnoli, na abertura do “Tributo a Cazuza”, evento realizado por artistas aqui do ES, no Teatro Carlos Gomes, em Vitória.

 

Mais informações sobre dança do ventre aqui e aqui.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O que aprendi com Claire Colburn

Não sei você, mas eu gosto de prestar atenção nas frases dos filmes que assisto. Sempre vejo uma lição, uma piada, uma verdade doída, tudo junto, ou nada disso. Um filme que tem várias tiradas legais é Elizabethtown (2005), um dos meus “conjuntos de frases” favoritos ever.

Resumidamente, é assim: Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer não muito bem sucedido no trabalho e que, pouco antes de cometer suicídio, é avisado da morte do pai. Drew vai a Elizabethtown, no Kentucky, para o enterro e no caminho ele conhece uma simpática aeromoça, Claire Colburn (Kirsten Dunst), que o ajuda a encarar o fiasco no trabalho e o luto pelo pai.

No decorrer da história, Claire diz várias coisas que fazem pensar. Pra mim, as melhores são essas:

- As pessoas são menos misteriosas do que pensam que são.

- Eu não preciso de um sorvete de casquinha: algo doce para deixá-la feliz e que derrete em cinco minutos.

- Homens veem as coisas numa caixa e as mulheres, numa sala redonda.

- Algumas músicas precisam de ar... abaixe o vidro da janela.

[e, a mais importante:]
- Sinta a dor. Abrace-a. Descarte-a.


E você, tem alguma frase/cena de filme que considera marcante? Compartilhe! =)